Perigo: pessoas estão fazendo este procedimento na carne crua para ficarem alucinadas

Especialista alerta que é impossível prever as reações do corpo diante do consumo da carne desta forma.

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Surgiram nas redes sociais, nas últimas semanas, alertas a respeito de uma novidade na indústria de estimulantes. “Euforia, unidade e família”, estas seriam as sensações obtidas através do consumo de carne fermentada.

Apesar das sensações supostamente benéficas, pouco se falou a respeito dos riscos que o consumo pode trazer para a saúde, com possibilidades de sérios danos ao organismo.

A fermentação da carne não é um procedimento totalmente absurdo. Trata-se de um processo feito a partir de alterações químicas naturais ou induzidas que permite que bactérias láticas se reproduzam a fim de se obter aromas ácidos e o prolongamento do prazo de validade.

No entanto, apesar de parecer simples, o procedimento para a fermentação não pode ser feito por leigos no assunto, uma vez que é de extrema dificuldade a visualizar a diferença entre o produto fermentado e o apodrecido. A ingestão do produto estragado pode vir a trazer complicações para quem o consumiu.

Segundo relatos, o produto se tornou popular, recentemente, por pessoas que buscam sensações estimulantes, além de diversas outras que acreditam que o alimento teria propriedades medicinais por conta do potencial natural das bactérias probióticos. A ideia seria resgatar as raízes indígenas que, no passado, aparentemente tratavam a carne fermentada como iguaria.

“Há muitas variáveis que você não pode explicar”, diz Leah Groppo, nutricionista da Stanford Health, que afirmou ainda que é impossível prever que tipo de reações o corpo teria diante do consumo da carne fermentada de maneira incorreta.

O efeito alucinógeno

Suspeita-se que a sensação de euforia ocasionada pelo consumo da carne fermentada não ocorra da mesma forma que os demais estimulantes conhecidos pela comunidade científica. O suposto delírio seria fruto de substâncias nocivas liberadas por bactérias desconhecidas que se acumulam no alimento. Tais substâncias seriam responsáveis pelas sensações anestesiantes.