Seguidoras de Inri Cristo: elas largaram tudo para seguir o homem que diz ser a reencarnação do filho de Deus

Vestido em túnica branca e usando coroa de espinhos de plástico, ele diz ser a reencarnação de Jesus Cristo.

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Conhecido popularmente como Inri Cristo, o religioso não costuma recusar convites para participar de programas de televisão. Usando uma túnica branca e uma coroa de espinhos de plástico, ele se apresenta como reencarnação de Jesus Cristo. O religioso ergueu um culto ao redor de si mesmo e está sempre na companhia de mulheres sorridentes que trajam vestidos longos azuis e maquiagem. Na internet, elas ficaram conhecidas por participar de clipes com paródias místicas da musica pop.  

Pode até não parecer, mas, para elas, a escolha de seguir Inri Cristo é algo muito sério, sendo uma escolha para a vida. A rotina dessas seguidoras é cercada de muitos segredos e perguntas sem respostas. Todas elas residem com o religioso em uma casa construída na Zona Rural do Distrito Federal. Muitas mulheres e homens (em menor quantidade) decidiram entregar a vida nas mãos dele.

Uma das regras é o celibato, além de ser necessário abandonar as famílias e profissões para poder viver na comunidade. Inri é quem dita as regras: como se alimentar, vestir, agir, pensar e até mesmo a forma de ir ao banheiro, pois o uso do papel higiênico é abolido e eles somente devem usar água purificada. A obediência total é um dos princípios, e as seguidoras têm que fazer todas as tarefas domésticas. Também precisam ter disposição para cortar as unhas e os cabelos de Inri. Qualquer tipo de insubordinação está sujeita a castigo, que seria lavar a louça ou ficar encarregada da salada do dia.

As moradoras precisam aceitar um novo nome que é escolhido pelo religioso. Inri afirma que a relação com as seguidores é de pai e filha. “Muitos querem viver aqui, mas poucos são os escolhidos. É preciso reconhecer quem eu sou (Jesus) e as mulheres têm mais sensibilidade”.

Ádri, uma das discípulas, disse que os pais questionaram a sua decisão de viver na comunidade, mas depois entenderam. Ela admite que se sente vigiada, porém, não acredita que seja um problema.

Adeí Schimidt, outra seguidora de Inri, contou que conheceu o religioso quando tinha 12 anos, e resolveu viver com ele definitivamente quando completou a maioridade. Existem relatos de cerimônias em que os discípulos que são expulsos tem as túnicas queimadas, pois segundo Inri Cristo, quem deixa a comunidade não pode mais voltar.