O curioso caso do neto que desenterrou e dançou com cadáver da avó: ‘Dizia que nunca deixaria ela ir embora’

Segundo a família, André Januário, homem que desenterrou a própria avó, teria problemas psiquiátricos.

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Um caso assustou moradores de Manaus nas últimas semanas. Um homem, identificado como André Januário, desenterrou a própria avó de um túmulo no cemitério de Morro da Liberdade, Zona Sul da capital amazonense. Populares teriam visto o homem, dançando junto ao cadáver, e resolveram acionar a Polícia Militar. Segundo informações dos familiares, Januário sofre de problemas mentais.

De acordo com a polícia, o homem teria sido contido por populares até a chegada dos oficiais. Januário estaria desorientado, afirmando que estava com saudades e que traria a avó de volta. O homem teria dito, ainda, que doaria todos os seus órgãos para a vó, para que ela pudesse voltar à vida.

Januário tem 35 anos de idade e foi criado pela avó desde o seu nascimento. Segundo a mãe, Damiana Januário, de 55 anos, o filho tem diagnóstico de esquizofrenia desde os 17 anos de idade. A idosa faleceu em 2018, após lutar contra um câncer. Segundo Damiana, avó e neto eram muito ligados, e, devido à doença, o filho não conseguiu superar o luto.

A mãe de Januário deu detalhes sobre a relação de sua mãe com o filho. “Ele sempre ficou ao lado da avó. Quando ela estava viva, ele dizia que nunca deixaria ela ir embora. Quando ela se foi, ele dizia que ia buscá-la. Se já é difícil para nós entendermos a partida, imagine para uma pessoa com transtorno mental”, contou Damiana. A pedagoga afirmou que o filho é grato à avó pelos cuidados desde seu nascimento.

A família do homem tentou realizar a internação do rapaz por diversas vezes, porém não têm condições financeiras para custear de forma particular. De acordo com o psiquiatra e psicoterapeuta, Wilson Gonzaga, a esquizofrenia é uma doença crônica que faz com que seu portador mantenha pensamentos desconexos, apresentado delírios e alucinações. O profissional afirmou que somente a mediação poderia trazer este paciente para mais perto da realidade.