Idosa era mantida como escrava em casa de família nobre de SP; não tinha direito nem a banheiro

Uma mulher de 61 anos foi resgatada de uma casa na região do Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.

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Nesta sexta-feira, 26 de junho, a Folha de São Paulo mostrou como uma mulher de 61 anos era mantida em condição análoga à escravidão em uma casa de uma família nobre, localizada no Alto de Pinheiros, uma das regiões mais caras do estado de São Paulo. A mulher não recebia salário há vários anos e, após os donos se mudarem, passou a viver abandonada. 

A responsável pela casa, Mariah, de 29 anos, foi presa em flagrante na semana passada. No entanto, após pagar uma fiança de R$ 2.100 foi liberada da prisão. Já o marido dela, identificado como Dora, foi indiciada pela Polícia. Ela é executiva de uma famosa empresa de produtos de beleza. A mãe de Mariah também é velha conhecida do mundo dos cosméticos. 

O Ministério Público do Trabalho recebeu denúncias de que a mulher havia sido abandonada no local onde trabalhava pelos patrões e entrou com um pedido na Justiça do Trabalho. A porta da casa precisou ser arrombada para que a empregada, que não teve o nome identificado, fosse salva. 

Atualmente, ela está morando na casa de um vizinho. No quarto anterior da mulher, ela não tinha direito nem mesmo a um banheiro. A empregada dormia em um sofá velho e dentro do cômodo havia itens de depósito. Já a casa principal estava vazia. Na entrada do local, havia placas que tentavam vender a casa principal. 

A mulher ficou sabendo que os patrões saíram dali há dois dias e disse que só se mudaria do local, assim que recebesse os seus salários, o que não aconteceu até o momento. A justiça pediu que o casal responsável pela casa pague agora um salário mínimo à idosa como pensão vitalícia.