Por documentário sobre João de Deus, produtora pagou alta quantia de dinheiro ao médium

A história de vida do religioso, marcada por supostas curas e crimes, é alvo de interesse de grandes produtoras.

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A história de vida do médium João de Deus, marcada por polêmicas e crimes, continua sendo alvo de interesse de plataformas de streaming. Quem abriu caminho para a narrativa do religioso em forma de documentário foi a Globoplay, e agora a Netflix pretende trilhar os mesmos caminhos e produzir a sua própria versão sobre os fatos.

A ideia dos produtores é fazer uma análise dual entre as histórias de curas e benfeitorias supostamente realizadas por João de Deus, em contraste com as dezenas de abusos praticados contra as suas pacientes espirituais, aproveitando-se muitas vezes das vulnerabilidades das vítimas.

Informações apuradas pela revista Veja apontam o caminho que a Netflix pretende trilhar para narrar a história de João de Deus. A história deve se iniciar na adolescência do médium, quando uma suposta visão lhe conduziu para o ofício religioso.

Agora, João de Deus cumpre pena de 20 anos de prisão, atualmente cumprida em regime domiciliar. Por pelo menos 40 anos ele fez trabalhos religiosos, cirurgias e atendimentos espirituais em Abadiânia, Goiás, atendendo famosos, artistas, políticos e até ex-presidentes da República.

Ainda de acordo com as informações obtidas pela revista Veja, o médium, juntamente com a Casa Dom Inácio de Loyola, que era de sua administração, firmaram um acordo de R$ 70 mil com a produtora. A parceria, assinada em documentação formal, tem o intuito de colher acervos e arquivos pessoais de João de Deus, que integrarão a série. A produtora responsável pelo documentário, Grifa Filmes, firmou o acordo no fim do último mês de abril.