Nuvem de gafanhotos se direciona para o Uruguai, e Brasil já busca estratégias para combater surto

País conta com a segunda maior frota de aviação agrícola do mundo; e já busca alternativas para combater praga.

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A nuvem de gafanhotos que assola a Argentina pode transpassar para outros países da América do Sul. De acordo com informações do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar do país vizinha (Senasa), o fluxo dos insetos está se deslocando para o sul em direção ao Uruguai, nação fronteiriça.

Segundo os dados meteorológicos, é bem improvável que a nuvem de gafanhotos avance em território brasileiro. Mesmo assim, o grupo trabalho do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa segue em alerta em conjunto com órgãos representantes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para evitar problemas maiores.

Possíveis medidas

Diante deste cenário, já estão sendo estudadas eventuais estratégias para combater o surto da praga caso ela adentre o país, é previsto a utilização de até 400 aviões agrícolas para controlar a nuvem de insetos no país. O avanço ou não dos gafanhotos dependerá da variação meteorológica. 

A espécie de gafanhoto em questão é migratória, e de acordo com o governo argentino “não reconhece limites ou fronteiras e, em um dia, pode viajar até 150 quilômetros e, por exemplo, atravessar de uma província para outra, ou mesmo de um país para outro em poucas horas”.

A utilização da aviação agrícola é a principal alternativa para combater as nuvens de gafanhotos. Em termos mundiais, o Brasil detém a segunda maior frota de aviação agrícola, contando com 2.280 aeronaves.

A primeira utilização em larga escala para estes fins foi feita em 1947, no Rio Grande do Sul, quando os insetos dizimavam boa parte da lavoura no estado.