Sergio Moro complica Bolsonaro e Polícia Federal pede ao STF para presidente depor

Delegada da Polícia Federal afirmou que investigações estão avançadas.

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O inquérito que apura suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está em estágio avançado, de acordo com a delegada responsável pela investigação, Christiane Correa Machado. No último dia 19, a delegada fez um pedido ao Supremo Tribunal Federal: quer ouvir o presidente da República.

A denúncia de suposta interferência de Bolsonaro na presidência da República foi feita pelo ex-ministro Sergio Moro. Ao deixar a pasta de Justiça e Segurança Pública, no fim de abril, Moro afirmou que Bolsonaro queria interferir no trabalho da corporação. Apesar de o presidente indiciar o diretor-geral, ele não tem autoridade para determinar linhas de investigação da Polícia Federal.

A delegada enviou despacho ao STF e afirmou que as “investigações se encontram em estágio avançado”. O documento diz ainda que a investigação chegou a envolver o caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro quando este era deputado estadual e estava alocado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O caso Queiroz foi envolvido na investigação depois que o empresário Paulo Marinho afirmou, em depoimento, que soube com antecedência que haveria investigação contra o ex-assessor de Flavio. Em relação ao depoimento de Bolsonaro na Polícia, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) opinou sobre o assunto em suas redes sociais.

“O ex-Presidente Michel Temer, no exercício da Presidência, prestou depoimento por escrito à Polícia Federal, conforme autorização do Ministro Fachin. Por coerência, idêntico tratamento há de ser conferido ao Presidente Bolsonaro. A deferência não é às pessoas, mas ao cargo”, escreveu a deputada.