Lembra da torcedora que gritou ‘macaco’? A vida dela foi bem dura após este episódio

Reservada e pouco vista, Patrícia Moreira vive exilada e já teve até sua casa queimada.

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Patrícia Moreira ganhou notoriedade nacional após um lamentável episódio de racismo, em um jogo entre o Grêmio (seu time do coração), contra o Santos. O embate foi no Rio Grande do Sul, casa dos gremistas, e em um dado momento tenso e vergonhoso do jogo, parte da torcida disparou ofensas contra Aranha, então goleiro do Santos.

Embora tal fato tenha ocorrido em 2014, vez por outra, a história volta a repercutir no país. A cena foi noticiada no Fantástico e o destaque para Patrícia Moreira ocorreu justamente porque ela gritaria ‘macaco’ no exato momento em que a câmera focalizou em seu rosto, levando ela ao cenário central deste triste capítulo da história.

Só que após este episódio, que perdurou por semanas em destaque na imprensa, a vida de Patrícia Moreira nunca mais foi a mesma. Ela sofreu diversas ameaças até que algo de mais grave realmente aconteceu. Ainda no mesmo ano de 2014 e com toda a polêmica em alta, a casa onde morava Patrícia Moreira foi apedrejada e pouco tempo depois acabou sendo incendiada, na ocasião, felizmente não havia ninguém na residência.

Mesmo após 6 anos do ocorrido, Patrícia Moreira não faz uso de redes sociais (ao menos não que se saiba ou com um perfil que leve seu nome). E mesmo antes da pandemia costumava viver de forma reservada e até reclusa. Vale ressaltar que ainda naquela época, por mais de uma ocasião, Patrícia fez pedidos públicos de desculpas ao goleiro Aranha.

Aranha relembra episódio do jogo em nova acusação contra o Grêmio

Com a alta dos protestos no mundo contra o racismo, que ganharam força após a morte de George Floyd, após ter sido sufocado com os joelhos por um policial estadunidense, o assunto também voltou a ser debatido no Brasil.

Aranha alega que, de acordo com sua opinião, o Grêmio ‘não agiu como deveria’, após o retorno dele ao estádio, enfrentando o clube, quando já vestia outras camisas.

“Esse é um caso que foi para mídia (morte de George Floyd), filmaram, como meu caso na Arena do Grêmio. O problema são os casos que não são registrados. Para você ter ideia, no caso do Grêmio com toda a filmagem, com todas as provas, com tudo que foi falado, o Grêmio colocou uma câmera exclusiva para mim toda vez que eu voltava e me colocaram como agitador, como oportunista. Em nenhum momento o Grêmio agiu como deveria”, finalizou o arqueiro.