Bolsonaro insiste em auxílio emergencial menor que R$ 600 e se dá mal em pesquisa

Pesquisa aponta que maior parte dos brasileiros vê o Congresso como responsável pelo auxílio e não o presidente.

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As parcelas extras do auxílio emergencial devem gerar um novo embate entre Governo Federal e Congresso Nacional. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, já afirmou que em sua opinião o auxílio emergencial deveria ser prorrogado por mais dois ou três meses no valor de R$ 600.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é à favor da prorrogação do auxílio emergencial, mas não quer o valor de R$ 600. Bolsonaro voltou a falar sobre o assunto nesta segunda-feira (22), na inauguração do canal Agromais, do grupo Bandeirantes e mais uma vez deixou claro que é contra manter o auxílio em R$ 600.

“União não aguenta outro desse montante que por mês nos custa cerca de R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, vamos ter problema”, afirmou o presidente, em entrevista dada após o evento de lançamento do novo canal. Bolsonaro disse ainda que a negociação será feita com a Câmara e com o Senado Federal.

Bolsonaro falou em um valor um pouco mais baixo do que os atuais R$ 600 e prorrogação de dois meses. “Talvez a gente suporte”, afirmou. Em maio, o presidente havia sido taxativo em entrevista à Jovem Pan: “Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600”.

A defesa de Bolsonaro por um valor mais baixo é impopular. Em março, o Governo Federal havia falado em auxílio no valor de R$ 200, após negociação com a Câmara o pagamento subiu para R$ 600. Levantamento da Quaest Consultoria e Pesquisa mostra que o presidente tem se dado mal quando o tema é o auxílio emergencial.

De acordo com a pesquisa que entrevistou mil pessoas em todos os estados brasileiros, 50% dos brasileiros apontam o Congresso responsável pelo auxílio emergencial, enquanto apenas 37% apontam o presidente como a pessoa por trás do pagamento.