Arrombamento, captura e grande revelação: os bastidores da prisão de Queiroz, amigo da família Bolsonaro

Os mandados de busca e apreensão e de prisão contra Queiroz foram expedidos pela justiça do Rio de Janeiro.

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Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi preso na manhã desta quinta-feira, 18 de junho, em Atibaia, no interior de São Paulo. 

Os mandados de busca e apreensão e de prisão contra Queiroz foram expedidos pela justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A prisão foi feita numa operação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo.

De acordo com as primeiras informações, foi preciso arrombar a porta da residência para capturar Queiroz. O delegado que comandou a operação revelou que ele não resistiu à prisão. O que chamou a atenção foi o fato de Queiroz revelar que estava muito doente.

Queiroz foi encontrado em um imóvel que pertence a Frederick Wasseff, advogado de Flávio Bolsonaro. O ex-assessor do filho do presidente foi levado para unidade da Polícia Civil de São Paulo. Lá, ele deverá passar por um exame de corpo de delito, e em seguida será encaminhado para o Rio de Janeiro.

Entenda o caso

Queiroz é um policial militar aposentado que movimentou de forma atípica cerca de R$ 1,2 milhão, que ocorreu entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, incluindo depósitos e saques.

Essa informação foi apurada pelo Coaf (Conselho de Atividades Financeiras). Ele trabalhou para Flávio quando o filho do presidente era deputado no Rio de Janeiro. Além de Queiroz, outros 74 servidores e ex-servidores tiveram operações bancárias suspeitas. Queiroz até foi chamado de “cara correto” e “trabalhador” por Flávio, durante uma live na internet no final de maio.