Pais organizam festas para crianças, com intuito de espalhar coronavírus

Médica revela os graves riscos de submeter uma criança a esse tipo de situação desnecessariamente.

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O relato de uma médica revelou uma situação preocupante, que já foi comum no Brasil em outros tempos: promover festas para ‘imunização natural’ das crianças. A prática acontecia no país quando ainda não havia vacina contra Varicela, também conhecida popularmente como catapora – ou mesmo entre as famílias que se posicionam contra a vacinação.

A médica australiana contou a um site local e fez o alerta sobre a situação. “Como médica, esse pensamento me faz estremecer de medo. Embora continuemos vendo na mídia que a maioria das crianças contaminadas por coronavírus sofrem de forma leve ou assintomática, não é recomendável expor intencionalmente seu filho a esse coronavírus desnecessariamente. É como jogar roleta. Ele será um dos mais leves ou assintomáticos ou mais graves? Nós não sabemos”, alertou Preeya Alexander, que é médica e também mãe.

Estudos mostram que a Covid-19 tem apresentado uma forma menos agressiva em crianças, porém há alguns casos mais graves, inclusive, de óbitos entre bebês recém-nascidos. Além disso, relatos de uma síndrome ligada a doença pode afetar os pequenos. É a chamada síndrome inflamatória multissistêmica.

A Austrália é um dos países que tem o menor número de casos confirmados da Covid-19. Aproximadamente 100 pessoas perderam a vida em virtude da enfermidade no país. Mesmo com a situação controlada no local, a profissional alertou sobre casos de crianças em outras partes do mundo, que morrem por causa do coronavírus e suas complicações.

De acordo com o portal de notícias da Revista Crescer, casos de festas como as descritas pela médica australiana também chegaram a ser relatados nos Estados Unidos, conforme reportagens da mídia local. Todavia, esse tipo de iniciativa acabou sendo desincentivada por todos os profissionais de saúde. Até o momento, não existe relatos de festas desse tipo no Brasil.