Cientistas acreditam que é possível identificar sintoma do coronavírus pela voz de pacientes

Cientistas querem criar um sistema para saber se alguém está com insuficiência respiratória e se necessita de internação.

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O coronavírus surgiu no final do ano passando, na China, e desde então se espalhou pelo planeta, deixando milhares de vítimas fatais. Como é uma doença nova, os pesquisadores estão tentando entender todos os danos que o vírus pode causar no organismo. A cada dia, novidades sobre o problema surgem na comunidade médica. 

Cientistas brasileiros estão tentando criar um programa de computar que seja capaz de identificar, de forma rápida, um dos principais sintomas do coronavírus. “Batatinha, quando nasce, espalha a rama pelo chão. Menininha, quando dorme, põe a mão no coração”, fala um paciente. “O amor ao próximo ajuda a enfrentar o coronavírus com a força que a gente precisa”, diz outro.

As gravações parecem simples, mas podem ser muito eficientes. Isso porque os estudiosos acreditam que a voz pode ser capaz de mostrar um dos sintomas principais e preocupantes da Covid-19, a insuficiência respiratória. Desta maneira, o sistema pode ajudar a diagnosticar a doença. Funcionários do Hospital das Clínicas de São Paulo estão colhendo amostras da voz de pacientes que estão internados.

Os profissionais solicitam ao paciente que leia uma frase padrão criada pelos pesquisadores. A frase, que é longa propositalmente, tem o objetivo de tentar identificar o número de pausas que o enfermo precisa dar para conseguir respirar e o tempo demorado em cada pausa. O paciente que não conseguir ler a frase, poderá recitar os versinhos de batatinha quando nasce ou até mesmo cantar a másica ‘parabéns pra você’.

As gravações dos pacientes são comparadas com outras, de pessoas saudáveis, que não contraíram Covid-19. Um trabalho realizado com a ajuda de inteligência artificial. Os supercomputadores procuram padrões nas leituras de pessoas doentes, que são completamente diferentes dos saudáveis.

O responsável pela realização do estudo disse que, enquanto o vírus age de forma silêncios, as máquinas podem ser capazes de procurar diferenças que o ouvido humano não consegue notar. O estudo deseja criar um sistema em que uma simples conversa por telefone seja o suficiente para saber se a pessoa está com insuficiência respiratória e se é necessário realizar a internação.