Grupo invade ala para coronavírus de hospital no Rio e destrói equipamentos; entraram quebrando tudo

Um grupo de cinco pessoas da mesma família entrou no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, unidade de referência no tratamento da Covid-19.

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O coronavírus tem feito que cidades inteiras mudem a forma de se relacionar. No entanto, algumas atitudes são realmente preocupantes. Nesta sexta-feira, 12 de junho, por exemplo, um grupo teria invadido um hospital referência no Rio de Janeiro que trata pacientes com a Covid-19. O caso aconteceu no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla. Pelo menos cinco pessoas invadiram o local e provocaram uma tremenda confusão. 

De acordo com informações do site do jornal carioca Extra, pelo menos cinco pessoas teriam invadido a unidade. Os profissionais que estavam no local trouxeram informações sobre como tudo teria ocorrido. 

A confusão tomou conta de uma ala destinada apenas para os pacientes com coronavírus. Uma mulher que pertencia ao grupo era a mais alterada. Vários equipamentos, como os computadores da unidade, foram destruídos. Além disso, os invasores teriam chutado as portas da unidade. Em outro momento, até o local onde ficam os leitos dos pacientes internados com a Covid-19 quase foi invadido. 

As pessoas se diziam parentes de uma pessoa que teria morrido de Covid-19 no local. Eles estariam revoltados e gritavam “mentira” diversas vezes. Segundo o médico Alex Telles, os familiares estavam inconformados por uma parente, que um dia antes estava bem, no dia seguinte acabou falecendo com o agravamento da doença. 

No entanto, em nenhum momento esses parentes tiveram alteração para entrar no hospital. A invasão deles colocou todos em risco, inclusive, os próprios invasores. 

“Eles entraram de maneira muito agressiva, abrindo portas, xingando funcionários, assustaram pacientes. Os médicos ficaram numa situação de total exposição. Com o discurso do presidente, de que é pra dar qualquer jeito para entrar em hospital, infelizmente a tendência é que as pessoas se sintam cada vez mais autorizadas a desrespeitar as normas”, disse o médico Alex Telles.