Luxo e ostentação: essa é a vida de Sarí Corte Real, patroa da mãe de Miguel

Miguel tinha apenas cinco anos e morreu após cair de um prédio de nove andares.

PUBLICIDADE

Luxo e ostentação marcam a vida de Sarí Gaspar Corte Real, patroa da mãe do menino Miguel, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio em Recife. A primeira-dama tinha à sua disposição, em plena pandemia, domástica e manicure.

Sarí, a primeira-dama da cidade de Tamandaré, que fica localizado a cerca de 104,3 km de Recife, mora com o marido, Sérgio Hacker Corte Real, os dois filhos pequenos e um cachorro em um dos metros quadrados mais caros do estado de Pernambuco, o edifício chamado de Torres Gêmeas. O aluguel no local pode chegar ao valor de 9 mil reais. O conforto em que Sarí vive é algo contrastante com a difícil realidade do pequeno Miguel, de cinco anos, que morreu vítima da terrível tragédia.

O garoto era filho da empregada Mirtes Renata, que reside no bairro da periferia. Ela tinha descido do apartamento para poder passear com o cãozinho da família, a pedido de sua patroa, quando tudo aconteceu. A empregada Mirtes recebia um salário no valor de 1.015,24 por um contrato que foi firmado como servidora da Prefeitura de Tamandaré, no dia 1º de fevereiro de 2017. No entanto, ela exercia suas atividades trabalhando na casa do prefeito.

Enquanto isso, a vida da primeira-dama é cheia de regalias, incluindo o pagamento de IPTU superior a 5 mil reais e um condomínio mensal acima de 1.200 reais. Morar com a família em outro município, que fica a duas horas de onde o esposo é prefeito, também é outro luxo. Com a grande repercussão, por causa da morte de Miguel, Sarí deletou a rede social.

O sobrenome da família está associado ao poder político da região e a uma linhagem de empresários bem-sucedidos. A rapidez com que a primeira-dama foi solta ao pagar uma fiança de R$ 20 mil, após ter sido presa por suspeita de homicídio culposo, tem relação com o nome tradicional da família do marido.

Inclusive, o namorado da jornalista e apresentadora Fátima Bernardes, o deputado Túlio Gadelha disse: “são famílias tradicionais da política pernambucana ,com muito poder e influência nas instituições”. Ele opinou, em uma postagem em sua rede social, que as pessoas se iludem ao pensar que a justiça pela morte da criança vai ser feita com facilidade, pois a família do prefeito tem muita influência. O deputado ainda fez questão de ressaltar que Pernambuco vive sob comando de oligarquias familiares.