Reviravolta no caso Eliza Samúdio: juíza vira ré e é acusada de pedir R$ 1,5 milhão do goleiro Bruno

A Justiça de Minas Gerais acolheu a denúncia do Ministério Público contra uma juíza por improbidade administrativa.

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Um dos casos de grande repercussão no Brasil foi a morte da ex-atriz erótica Eliza Samúdio. Ela foi assassinada pelo então goleiro do Flamengo Bruno Fernandes. Nesta terça-feira, 9 de junho, o caso ganhou grande repercussão. Já que uma das juízas que participou da análise do crime está sendo denunciada pelo Ministério Público. Maria José Starling é acusada de improbidade administrativa no caso Eliza.

De acordo com a denúncia, a juíza teria relação forte com a família do então goleiro do Flamengo, o que infringiria a regra de um julgamento imparcial. Além disso, a juíza seria amiga da então noiva do craque, Ingrid Calheiros. Em 2011, a noiva de Bruno e o próprio jogador acabaram denunciando a magistrada por suposta tentativa de corrupção.

Ela teria pedido R$ 1,5 milhão para ajudar o atleta a ficar livre da cadeia, dando a ele um habeas corpus. A investigação do Ministério Público diz que a juíza chegou a receber a então noiva do goleiro Bruno em sua casa, onde ambas tomaram um chá. Além disso, Maria teria até se disposto a colocar um advogado para ajudar Bruno. O profissional, segundo ela, seria de confiança.

O Ministério Público já havia denunciado a juíza no ano de 2018, como mostra uma matéria publicada pelo portal de notícias R7, mas apenas agora o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde Bruno Fernandes foi julgado, aceitou a denúncia.

A juíza já havia respondido um processo administrativo por conta das denúncias, sendo aposentada em agosto de 2018. O Ministério Público diz que tem telefonemas gravados que comprovam a relação da juíza com a noiva de Bruno. O advogado de Maria diz que ela é inocente e que irá provar isso na justiça.