Dispara o número de divórcios em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus

Um levantamento mostra que em vários países os casais estão colocando um ponto final na vida a dois.

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Com a chegada do novo coronavírus teve início o isolamento social e as famílias encararam uma nova realidade: ter de ficar juntos o tempo todo.

Antes, o dia começava com um rápido café e cada um indo para suas obrigações, seja o trabalho ou a escola. Agora, dia após dia, todos estão ali, dentro de casa, juntos, e isso acabou resultando em um fato curioso: o aumento no número de divórcios.

Na China, onde surgiu a Covid-19, houve um grande aumento de pedido de divórcios, de acordo com o site Bloomberg. Um advogado deu uma entrevista ao site e explicou que quanto mais tempo os casais ficam juntos, mais cresce o atrito entre ele.

Aqui no Brasil a situação é semelhante, pois uma empresa especialista em divórcios informou que em abril foi registrado um aumento de 177% na busca por advogados que possam prestar consultoria para o fim do casamento.

Em janeiro foram 55 contatos de casais interessados na separação. Em abril foram 133 querendo o divórcio.

O Google registrou um aumento de 82% na busca por ‘como dar entrada no divórcio’, aqui no Brasil. No mês de abril o aumento pelo termo ‘divórcio online gratuito’ foi de 9.900%.

Nos Estados Unidos, o país mais atingido pelo novo coronavírus, também houve um aumento no número de casais buscando por advogados e solicitando o divórcio. Steve Mandel, especialista em direito da família em Nova York, disse que os tribunais por lá estão fechados, mas quando abrir, o aumento nos pedidos será gigantesco.

Uma advogada brasileira acredita que estes pedidos de divórcio estão apenas no começo e que a tendência nas próximas semanas é aumentar ainda mais, tendo pico dentro de alguns meses.

Se o coronavírus foi a única causa do rompimento conjugal, é melhor procurar aconselhamento para o seu relacionamento, em vez de optar imediatamente pelo divórcio, porque, com o tempo, o covid-19 se tornará história“, explicou um especialista na África do Sul.