Coronavírus: indústria da carne registra 11 mil casos e risco de infecção continua alto

As indústrias deverão tomar ainda mais cuidado para que seus funcionários não sejam infectados.

PUBLICIDADE

Nos Estados Unidos, a maior processadora de carne registrou, entre seus funcionários, mais de 7 mil casos do novo coronavírus, segundo um levantamento realizado pelo The Washington Post. Em abril, as infecções não chegavam a 1.600.

Uma preocupação do governo norte-americano é que o suprimento de carne por lá está baixo e a situação tende a piorar. Um banco responsável por financiar indústrias nos Estados Unidos fez um alerta, avisando que, nos supermercados, o estoque de carne deve cair até 35%, enquanto os preços tendem a aumentar.

Em abril, o número de casos confirmados nas maiores processadoras dos Estados Unidos foi de 3 mil para mais de 11 mil. Outro grave problema é que as mortes de trabalhadores deste setor estão triplicando.

Foram tomadas várias medidas preventivas, como barreiras sanitárias, todos são obrigados a usarem máscara e até clínicas médicas foram construídas nas fábricas, mas pelo visto nada disso foi capaz de reduzir o número de infectados pelo novo coronavírus.

Para o setor de carnes é grande o desafio da retomada econômica, pois ainda tem o fato de que apenas uma parte dos trabalhadores voltou a suas atividades para que seja possível manter o distanciamento social.

Donald Trump ordenou no último mês a reabertura de processadoras de carne, só que a indústria vem tendo problemas com a segurança dos funcionários. Para os membros do Partido Democrata, a ordem do presidente dos Estados Unidos foi apressada e as fábricas deveriam ter esperado um pouco mais para serem reabertas.

Após a ordem de Trump, quatro fábricas tiveram surtos com centenas de casos positivos em vários estados norte-americanos.