Coronavírus: Brasil pode registrar 125 mil mortes no começo de agosto, diz estudo

São Paulo e Rio de Janeiro seriam os estados com mais mortes em todo o país.

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A pandemia causada pelo novo coronavírus tem feito vítimas em todo o Brasil. Até esta terça-feira (26), o país registrava mais de 23 mil mortes em decorrência da Covid-19, doença causada pelo vírus que se disseminou por meio da China e chegou a praticamente todos os países do mundo. Nos últimos dois dias, o Brasil foi o país que mais registrou mortes.

Estudo realizado pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, preocupa os brasileiros. De acordo com a previsão do Instituto para Métricas de Saúde em Avaliação (IHME, na sigla em inglês), o país deve passar de 125 mil mortes no começo de agosto. O crescimento expressivo do números de casos e de óbitos realmente preocupa.

“O Brasil deve seguir o exemplo de Wuhan, na China, e o da Itália, Espanha e Nova York e impor ordens e medidas para tomar controle de uma epidemia que está crescendo rapidamente, e reduzir a transmissão do coronavírus”, afirmou o diretor do IHME, Christopher J. L. Murray.

Ainda de acordo com o levantamento, se o Brasil não adotar medidas de controle à pandemia, o número de mortes deve crescer até o meio de julho. Murray afirmou que, caso isso ocorra, haverá falta de infraestrutura hospitalar para atender a todos.

A projeção aponta que o estado de São Paulo registraria 32.043 mortes até o dia 4 de agosto. Apesar de o número ser elevado, é menor do que os 36.811 casos da projeção anterior. No Rio de Janeiro, a projeção é de 25.755 mortes. O Ceará aparece na terceira posição, com 15.154 casos. Logo em seguida, Pernambuco teria 13.946 óbitos.

A projeção do IHME considera regras de distanciamento social, capacidade de testes e mobilidade das pessoas. De acordo com mudanças nestes itens, a projeção é alterada. Por exemplo, se um estado impõe regras mais rigorosas de distanciamento social, a projeção capta isso e o número de óbitos pode cair.