Polêmica: vacina contra o coronavírus será fornecida primeiramente para os Estados Unidos

O mundo inteiro está buscando uma vacina que seja capaz de proteger as pessoas da Covid-19.

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Na semana passada o governo francês declarou que é ‘inaceitável’ que o grupo farmacêutico Sanofi envie vacinas contra o novo coronavírus primeiro para os Estados Unidos. Acredita-se que as vacinas ficarão prontas para uso nos próximos meses e há um debate hoje sobre quem serão os primeiros a recebê-las.

Paul Hudson, CEO da Sanofi, chegou a declarar que se a empresa conseguir encontrar a vacina contra a Covid-19, entregará o medicamento primeiramente aos Estados Unidos porque o país ‘compartilha o risco’ na busca por um tratamento através da colaboração com a BARDA – Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado.

Ainda segundo Hudson, o governo dos Estados Unidos poderá fazer ‘pedidos maiores’ da vacina já que o país investiu pesado na busca de uma vacina para proteger sua população.

Edouard Philippe, primeiro-ministro francês, ficou revoltado com esta declaração e disse que ‘o acesso equitativo à vacina para todos não é negociável’. Agnès Pannier-Ruancher, secretária de Estado da Economia, também foi contra e disse que é ‘inaceitável’ este ‘acesso privilegiado’.

“O chefe da divisão francesa da Sanofi me confirmou que uma vacina estaria disponível em todos os países e obviamente também para os franceses porque, entre outras coisas, há capacidade de produção na França”, declarou a secretária de Estado da Economia.

O diretor da Sanofi na França vem tentando amenizar toda essa polêmica e declarou que a meta é fazer com que a vacina fique disponível ao mesmo tempo para os Estados Unidos, França e toda Europa.