Bolsonaro pode se dar muito mal nas próximas 24 horas, após declaração de Moro

Presidente da República está no centro de uma grande polêmica e situação é complicada.

PUBLICIDADE

O ex-ministro Sergio Moro pode ter colocado o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) em uma situação bem complicada. Em depoimento, Moro citou o vídeo de uma reunião realizada entre ele, Bolsonaro e outros ministros no dia 22 de abril, dois dias antes de o então ministro da Justiça e Segurança Pública pedir demissão.

O vídeo citado por Moro mostraria Bolsonaro pressionando seu ex-ministro em relação à troca do comando da Polícia Federal. A interferência do presidente na PF não é permitida, embora ele tenha a prerrogativa de escolher o diretor-geral da entidade.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello determinou que o Planalto entregue o vídeo da reunião. Além da pressão sobre Moro, o vídeo mostraria um desentendimento entre os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional.

De acordo com o Estadão, o Planalto pode alegar que as gravações são curtas e que não tem a íntegra da reunião à disposição. Na semana passada, o presidente havia dito que os encontros do primeiro escalão do governo são filmados e arquivados. Os arquivos são guardados em um cofre. Bolsonaro disse que divulgaria o vídeo da reunião com Moro, mas voltou atrás.

O prazo para o Palácio do Planalto apresentar as gravações começou a contar na terça-feira (5) e termina nesta sexta. Celso de Mello também determinou que a íntegra das gravações sejam preservadas. Se não apresentar as gravações, o presidente Jair Bolsonaro pode se dar muito mal nas investigações. O arquivo em vídeo da reunião poderiam ser a prova de que ele não tentou interferir na PF.