Mulher implora para que o assassino do seu filho seja liberto da cadeia: ‘ele não merece morrer’

O filho dela era jornalista e morreu em seu apartamento, após ser atingido por uma garrafa de vinho na cabeça.

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Uma mulher que mora na Argentina surpreendeu o mundo ao pedir às autoridades para que o assassino do seu filho fosse liberto da cadeia.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, criou um plano para proteger os presos da pandemia do novo coronavírus. A opção seria transferir os condenados para prisão domiciliar. A decisão foi tomada após ocorrer tumultos nos presídios do país. Os presos estavam com medo de que o vírus se espalhasse rapidamente dentro dos espaços superlotados e mal higienizados.

A decisão do presidente causou divergências na opinião popular. Algumas pessoas temem que a justiça não seja cumprida, ou seja, o preso nunca retorne à prisão. Já outras defendem que as liberações devem ser mais amplas.

A mulher que pediu a liberdade do assassino de seu filho

O nome dela é Silvia Ontivero. O filho dela, Alejo Hunau, foi assassinado na cidade Andina de Mendoza, em 2004. Ele era jornalista e trabalhava no conselho do governo local. Alejo foi morto em seu apartamento, após ser atingido por uma garrafa de vinho na cabeça.

Diego Arduino, o assassino, foi condenado a 16 anos pelo crime cometido.

Na última terça-feira, dia 28 de abril, uma juíza disse que Diego seria um dos 400 presos na região de Mendoza que estariam em situação de risco pela doença. 

Silvia reconheceu que, em meio à pandemia de coronavírus, a situação coloca o assassino do seu filho em risco. “Eu tive raiva. Eu tive ódio. Mas eu nunca desejei que ele morresse”, escreveu ela em uma carta aberta. “Estamos falando de algo diferente agora. Uma pandemia. Há superlotação nas prisões e posso imaginar o medo que as pessoas lá dentro estão sentindo”, escreveu ela.

Em uma declaração ao site TN, Silvia disse ainda que Diego continuar na prisão é o mesmo que sentenciá-lo à morte, algo a que ela sempre se opôs.