Morre policial com suspeita de coronavírus em porta de hospital; ela faleceu nos braços do marido

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O Brasil registrou, até o momento, mais de 40 mil ocorrências do novo coronavírus, um número assustador que vem crescendo rapidamente a cada dia. Além disso, milhares das vítimas da doença estão chegando a óbito, tendo sido registrados pelo Ministério da Saúde mais de 2,5 casos de mortes.

Uma das vítimas fatais mais recentes da Covid-19 foi a policial Raquel Monteiro de Albuquerque, que tinha 48 anos de idade. Ela trabalhava para a corporação de Belém, no estado do Pará, há cerca de 20 anos, e faleceu no último sábado (19/04) devido a complicações em seu quadro de saúde.

Raquel havia sentido sintomas como febre e falta de ar, então procurou atendimento em hospitais particulares, porém não conseguiu ser atendida. Seu marido, então, a levou para um hospital público de emergência, mas também não chegou a ser atendida por estarem superlotados.

Daniel Costa Moura, primo de Raquel, deu detalhes sobre a morte da parente: “Ela morreu nos braços do marido, dentro do carro, na porta do hospital”, revelou. Pablo Farah, que trabalha como vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Pará, criticou o serviço de saúde procurado por Raquel: “Urgência é para atender. Com certeza isso tudo vai ser apurado e a família vai buscar responsabilizar esses locais”, disse.

A morte da servidora aconteceu em frente ao Hospital Dom Vicente Zico. De acordo com um boletim emitido pela Secretaria de Saúde local, o marido de Raquel procurou o serviço e recebeu orientação de ir a uma unidade de atendimento aberto, pois aquele só estava atendendo pacientes que tivessem passado por avaliação.

A nota ainda afirma que um funcionário do hospital chegou a solicitar um médico, apesar de não ser um caso de perfil da unidade, mas a servidora pública já estava sem sinais vitais.