Em ritmo de campanha, Bolsonaro promete a apoiadores recorrer para abrir igrejas

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A eleição para presidência da República só ocorrerá daqui dois anos, mas de acordo com alguns políticos, Bolsonaro está focando em sua reeleição desde já. Demonstrando não se importar com as vidas perdidas em meio à pandemia e até dizendo não acreditar na gravidade da doença e número de mortos, o presidente Jair Bolsonaro saiu às ruas neste domingo para conversar com seus apoiadores e até visitou um hospital.

Com direito a selfies e discursos, o político prometeu aos presentes que vai recorrer da decisão da justiça que removeu igrejas da categoria de serviços essenciais em meio à pandemia. Abrir igrejas, seja qual for o credo, faria com que houvesse aglomeração de pessoas, aumentando os riscos de proliferação do coronavírus, motivo pelo qual as autoridades decidiram que elas ficariam fechadas temporariamente nesse período. Grande parte das igrejas protestantes e católicas estão fazendo cultos e missas através de transmissões no Youtube, Facebook e Instagram, sendo esta uma alternativa em época de isolamento social.

Nesta semana, o presidente chegou a declarar em entrevista que em 2022, Deus e o povo decidirão se ele ficará oito anos na presidência. Em seguida demonstrou sua autoconfiança: “Não é eu procurar a mídia e ter um discurso de calamidade, de histeria, como se eu fosse o pai de todos os brasileiros. Eu sou pai, entre aspas, para conduzir o destino do Brasil”.

Quando foi eleito, o chefe do Estado brasileiro buscou e conseguiu apoio junto a empresários e religiosos, garantindo sua vitória. Agora que sua popularidade caiu e tem perdido importantes aliados, ele estaria fazendo o discurso contra a quarentena e até mesmo minimizando o coronavírus, para estar bem com os empresários.

Para muitos governadores, deputados e senadores, o presidente só está preocupado com sua reeleição e não dá a mínima para os riscos de mortes pela pandemia.