Coronavírus põe em risco a vida de milhares de presos no Brasil

PUBLICIDADE

O coronavírus é uma doença que tem preocupado todas as camadas da sociedade. A situação das prisões no Brasil impressiona, já que os presos tem seus corpos amontoados nas celas, quase sempre superlotadas. Para piorar, boa parte deles tem várias doenças preexistentes, como AIDS, tuberculose, câncer e etc.

O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, tem quase quatro mil presos no chamado grupo de risco do coronavírus. A taxa de mortalidade do grupo de risco no mundo é, em média, de 10%. Essa taxa aumenta ainda mais com o aumento da idade e o acúmulo de doenças. No entanto, em um cálculo baixo daria para dizer que, caso todos os presos do grupo de risco do Rio contraíssem o coronavírus, a média de mortes chegaria a quase 400.

Os números são assustadores e é, por isso, que as visitas dos presídios foram suspensas. Isso ocorre não só para a segurança dos presos, mas dos agentes penitenciários e, principalmente, de quem visita os detentos, que ao retornarem para as suas casas acabam tendo contato com muitas pessoas.

A grande maioria dos presos são de famílias pobres, que vivem em comunidades. Esses lugares facilitam a proliferação da Covid-19, justamente, pela proximidade das pessoas.

A defensoria pública do Rio falou sobre essa situação ao portal de notícias UOL. “A gente está fazendo um levantamento dos presos idosos e que têm doenças, que é o grupo prioritário. Estamos em um momento de caos, então temos que ter um esforço prioritário”, disse a entidade, que defende a prisão domiciliar para alguns grupos de presos.