Mulher tem morte cerebral decretada e reage quando aparelhos seriam desligados: ‘Foi Deus’

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A empresária Karina Souto Rocha, de 29 anos, está internada no Hospital municipal de Barra de Garças, a 520 quilômetros de Cuiabá, capital do Mato Grosso. O estado dela é grave. Karina foi baleada três vezes pelo ex, que não aceitava o fim do relacionamento. Ferida gravemente, ela foi encaminhada ao hospital.

Os médicos se preparavam para desligar os aparelhos que a mantinham viva. Para os profissionais de medicina, a jovem empresária estava com morte cerebral. Para a morte cerebral ser confirmada são necessários dois exames neurológicos, realizados por dois médicos diferentes, no intervalo de pelo menos uma hora.
A morte encefálica, na linguagem médica, ocorre quando o coração tenta bombear sangue para dentro da cabeça, mas não consegue porque a pressão craniana está maior. Sem sangue, o cérebro para de funcionar e há a morte encefálica.
Karina estava nessa situação, mas quando uma enfermeira entrou no quarto para desligar os aparelhos, ela reagiu e mexeu a mão. A profissional chamou por Karina e a jovem mexeu a cabeça.
José Rocha Cardoso, de 56 anos, pai de Karina, comentou a situação. Ele afirmou que a enfermeira chamou o médico. “Achei que ele falaria que havia desligado os aparelhos, mas disse que a Karina havia reagido e acrescentou: ‘Isso foi Deus, porque eu não fui e a medicina não alcança esse resultado'”, comentou o pai da jovem em entrevista ao UOL.
O caso ocorreu no dia 3 de fevereiro. Dois dias antes, os médicos haviam decretado a morte cerebral de Karina e a família, em luto, autorizara o desligamento dos aparelhos.