Prefeito morre repentinamente e ‘inaugura’ cemitério da própria cidade

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Em algumas situações a vida acaba imitando a arte. Um seriado muito famoso da década de 70 contava a fictícia história de Odorico Paraguaçu, no folhetim O Bem Amado. O personagem era interpretado por Paulo Gracindo e a trama tinha como fato principal a inauguração de um cemitério, porém o objetivo não era alcançado porque ninguém da cidade morria. Ironicamente, no final da novel, o próprio prefeito inaugura a obra ao ser enterrado após sua morte.

Uma situação bem semelhante aconteceu no município de Bonito de Minas, que tem em torno de 11,2 mil habitantes. A cidadezinha fica cerca de 644 quilômetros de distância da grande Belo Horizonte, na região norte de Minas Gerais. No último final de semana, os habitantes da cidade acompanharam emocionados o velório e o enterro do prefeito do Município, José Pedro Pires da Rocha, conhecido popularmente como Zé Galego, de 64 anos.

O corpo do prefeito foi o primeiro a ser enterrado na parte que foi ampliada no cemitério municipal de Bonito de Minas. Na prática, os moradores consideram o local o novo cemitério da cidade, que foi construído durante a gestão do falecido. A obra não está completamente concluída e encontra-se em fase de acabamento.

A cidade foi emancipada de Januária no ano de 1997. Em 2016, Zé Galego assumiu o comando da prefeitura em abril de 2018, pois o titular do cargo precisou se afastar para concorrer ao cargo de deputado estadual, tendo sido eleito na ocasião com mais de 45 mil votos. O falecimento de José Pedro Rocha aconteceu na última sexta-feira, 17 de janeiro. Ele estava viajando sozinho para Brasília, no Distrito Federal, quando se sentiu mal e parou em um hospital em Planaltina, onde acabou tendo um infarto.

Os médicos ainda tentaram reanimar o político, mas infelizmente ele não resistiu e morreu. O corpo de Zé Galego foi velado no prédio da prefeitura e o caixão foi coberto com uma bandeira da cidade. Além disso, foi decretado luto oficial nos dias 20 e 21 de janeiro.