Jair Bolsonaro (sem partido) foi eleito presidente do Brasil com 58 milhões de votos em 2018. Não dá para especificar, mas boa parte desses votos foram dados por evangélicos.
Na última estimativa do IBGE, de 2010, havia cerca de 40 milhões de evangélicos no Brasil. Este número deve ter crescido nos últimos 10 anos. Com tanta gente envolvida, o movimento torna-se alvo de políticos.
De acordo com a coluna Painel da Folha, do jornal Folha de S. Paulo, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores (PT) quer criar núcleos evangélicos por todo o Brasil.
A ideia é se alinhar a grupos evangélicos e conquistar o apoio desse extrato da população. Na avaliação da cúpula do PT, a ideia é trabalhar na base porque os líderes estariam mais ligados a Bolsonaro.
Desde que deixou a sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde ficou preso por mais de um ano e meio, Lula articula para alinhar o PT a movimento evangélicos.
O ex-presidente, condenado no caso do tríplex do Guarujá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, afirmou que os pastores dizem o povo quer ouvir e disse que o partido deveria aprender com os pastores.
A ideia do PT já encontra resistências. O assessor especial do presidente Jair Bolsonaro, Arthur Weintraub, criticou a iniciativa petista.
“Sabem fazer ao menos uma citação da Bíblia? Sabem explicar como Bíblia acaba no lixo? Adoram Karl Marx, para quem religião é ópio, e querem núcleo evangélicos. Evangélicos comunistas, parece um pouco contraditório. Vão defender aborto nos núcleos evangélicos petistas?“, questionou.