Trump ordenou ataque a líder iraniano; entenda as consequências para o Brasil e o mundo

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Na noite de quinta-feira, 2, os Estados Unidos coordenou o ataque contra um aeroporto em Bagdá, que vitimizou Qasem Soleimani, líder da Guarda Quds e um dos homens mais importantes da política iraniana. Além dele, outras sete pessoas perderam suas vidas durante o atentado.

Em nota, o pentágono confirmou que o ataque foi feito sob as ordens do presidente americano. Segundo a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a medida foi tomada para proteger o povo americano, impedindo que futuros planos de ataque contra o país. Trump não fez um pronunciamento oficial, mas utilizou a rede social Twitter para compartilhar a bandeira americana, logo após o ataque aéreo.

A morte de Soleimani possui maior impacto para os iranianos do que a de Osama Bin Laden, segundo analistas. Outros líderes também teriam sido mortos durante o ataque, como Abu Mahdi al-Muhandis e Naim Qassem.

No dia 31 de dezembro de 2019, o complexo da embaixada dos EUA em Bagdá foi invadido. O líder americano responsabilizou o Irã, que negou ter participação nesse acontecimento.

Em entrevista para o portal G1, Tanguy Baghdadi, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que a morte do líder político deve causar instabilidade regional, assim como ocorreu durante a Guerra Irã-Iraque, que durou 7 anos. Ele também acredita que existem chances reais de uma reação por parte do governo iraniano.

O ataque ganhou visibilidade na mídia e permaneceu durante horas nos assuntos mais comentados no Twitter. Enquanto alguns internautas utilizaram a rede para criar memes, outros estavam preocupados com o desencadeamento de uma Terceira Guerra Mundial.

No entanto, ainda é cedo para saber quais serão as principais consequências do atentado, mesmoque o Irã tenha prometido ser implacável com o governo americano. Vale ressaltar que esse tema já foi debatido antes, principalmente no ano de 2017, quando os Estados Unidos destruiu a base aérea de Al Shayra.

O que se pode esperar é uma alta no preço do petróleo, já que o Irã é o maior retentor da substância. Um aumento de 4% no valor aconteceu logo após o anúncio da morte do líder iraniano.