O portal UOL divulgou a história de um pai que acaba servindo de exemplo e experiência para muitos pais que enfrentam esta mesma questão. Um homem que não será identificado, tem uma filha de 7 anos que nasceu menino, só que acabou se identificando com coisas de garotas.
Esse garotinho começou a gostar de usar batom, passou a pintar as unhas e até usava adereços na cabeça para ficar como se tivesse cabelo longo. Depois passou a usar vestidos e arrumou um nome de menina.
Os pais, que hoje estão separados, acabaram aceitando tudo isso, mas se dentro de casa as coisas eram fáceis, fora era bem complicado, por exemplo, no ambiente escolar. O pai e a mãe sempre quiseram ver o filho feliz e já a partir dos dois anos de idade ele demonstrou interesse pelo universo feminino e não era impedido de nada.
A princípio o pai ficou se sentindo perdido, não sabia se faltava referência masculina para o filho, se teria dado um bom exemplo e ficava se perguntando se ele ou a esposa foram culpados.
Esse pai foi ao Hospital das Clínicas em São Paulo onde há o Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Sexualidade e descobriu que não havia nada de errado com o filho. Ele apenas expressava sua identidade de gênero diferente das demais crianças.
Hoje esse pai sabe que dentro de casa tudo está resolvido e tranquilo, mas se preocupa com o futuro. Ele sabe que quando o filho for adolescente e for a locais públicos poderá correr risco porque o preconceito no Brasil é grande e pode fazer o filho viver situações indesejadas.