Filho de idosa morta em incêndio no hospital desabafa: ‘Minha mãe foi assassinada’

PUBLICIDADE

Emanoel Santos Melo fez um emocionante desabafo ao saber que a mãe morreu no incêndio que atingiu o hospital Badim, no Rio de Janeiro. “Minha mãe foi assassinada”, disse Emanoel sobre a senhora Luzia Santos Melo, 88 anos, que foi a primeira vítima identificada nesta tragédia que chocou o Rio de Janeiro e todo Brasil.

Emanoel foi ao Instituto Médico-Legal e disse que estava acompanhando a mãe desde a última quarta-feira, pois a idosa precisou ser internada no CTI, localizado no primeiro piso.

Dona Luzia enfrentava problemas de hipertensão que acabaram evoluindo para problemas pulmonares e o quadro dela agravou. O filho da vítima contou que pouco antes do incêndio começar, houve uma ‘falta momentânea de energia no hospital’. Depois de quase meia hora, ele teria ouvido uma explosão e sentiu um forte cheiro de óleo diesel. Foi então que todos começaram a correr e as equipes deram início à remoção dos pacientes.

Emanoel afirmou que o local não contava com máscaras para que os pacientes pudessem se proteger da fumaça que tomou conta de todo local.

“Eles queriam tirar minha mãe sem máscara. Aí eu fiquei doido. Falei que precisava ter uma máscara. O que é isso? Aí, eu percorri a área onde fica a enfermagem. Estava tudo abandonado já e encontrei uma Só. Coloquei na minha mãe”, disse Emanoel ao G1, contando ainda que para se proteger ele tirou a camisa e colocou no rosto, sem contar com nenhuma orientação, cada um tentava encontrar a saída.

Revoltado, Emanoel contou que sua mãe estava no box 2, que é mais longe da saída e foi uma das últimas a ser retirada do CTI, por isso acabou morrendo.

Agora o filho da vítima pretende processar o hospital e também o Corpo de Bombeiros, alegando que a mãe estava lúcida, respirando tranquilamente, mas morreu sufocada.