Ex-travesti alega que não é mais ‘Nádia’ após 18 anos e causa polêmica: ‘eu era uma farsa’

PUBLICIDADE

Antônio Teixeira optou por se tornar Nádia Nobre, mas depois arrependeu-se e voltou ao nome original. Só que depois de algum tempo, voltou a ser Nádia e agora garante pela segunda vez que não é mais travesti. Na primeira vez ele tinha pouco mais de 20 anos e a segunda foi aos 42, após ficar 18 anos como garota de programa em São Paulo e até mesmo na Europa.

Antônio disse que precisou retirar as próteses dos seios e até o silicone que aplicou nos glúteos e coxas. O processo foi dolorido, arriscado, mas no final tudo deu certo. Hoje, aos 50 anos, ele diz que sempre odiou fazer programas, mas que foi obrigado a levar esta vida quando deixou o Ceará e foi para São Paulo, na década de 90.

Com o dinheiro que ganhou, comprou três apartamentos, mas apesar da boa condição financeira, acabou chegando à conclusão que sua vida era uma farsa e ele já não se reconhecia mais.

“Não se tratava apenas de cortar o cabelo e me livrar das roupas. Ia ter de gastar dinheiro com cirurgias, explicar para as pessoas o que estava acontecendo e ainda passar por bicha homofóbica”, explicou o sujeito que garante não querer ser exemplo para ninguém, mas que agora está mais satisfeito com sua vida.

Para contar toda sua experiência como travesti, Antônio decidiu escrever o livro ‘Autobiografia Mel e Fel’, que tem 600 páginas, mas como nenhuma editora quis publicá-lo, ele mesmo pagou uma gráfica e fez 500 exemplares, mas não conseguiu fazer hoje.

Hoje, ainda sendo Antônio, ele busca por um emprego, ou uma fonte de renda para que possa ter uma vida como sempre sonhou, sem precisar fazer programas.