Um entregador do aplicativo Rappi morreu na segunda-feira (8). Thiago de Jesus Reis tinha 33 anos e passou mal no sábado (6), enquanto fazia uma entrega. Ele foi socorrido por amigos, encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas acabou morrendo.
O caso repercutiu nas redes sociais depois de ser amplamente divulgado. Thiago sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) enquanto fazia uma entrega no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo..
Thiago foi entregar pizza no apartamento da advogada Ana Luísa Pinto. Quando chegou para a entrega, o rapaz reclamou de fortes dores de cabeça, vomitava e estava com a pressão baixa.
Ana Luísa tentou socorrê-lo de três maneiras. Primeiro, usou o celular dele para ligar para o Rappi. A empresa, por meio de uma atendente, respondeu de maneira insensível, pedindo que ela liberasse o pedido para que os próximos clientes fossem avisados sobre o atraso em suas entregas.
O Samu também foi chamado, mas não apareceu para socorrê-lo. Por fim, ela chamou um Uber, mas o motorista se recusou a levar Thiago, que estava urinado, ao hospital. Amigos do rapaz o socorreram, aproximadamente duas horas depois de ele ter começado a passar mal.
eu to indignada com o entregador da rappi que morreu!!!!! que descaso MEU DEUS
— laura (@thefifthlaura) July 12, 2019
O caso causou comoção nas redes sociais e muitos internautas aproveitaram a situação para criticar a precarização do trabalho com o advento dos serviços por aplicativo, como Uber, Rappi, 99 etc.
O caso do entregador da rappi não vai ser o único , a precarização do trabalho só vai piorar e se vc fizer algo pra tentar melhorar vai ser taxado se vagabundo e vai ouvir que não está satisfeito tem que sair. No caso do entregador ele saiu, morto. Uber e Samu
— Walmir Junior (@JUNIORF1) July 12, 2019
Nos últimos anos, com o aumento do desemprego formal, muitos trabalhadores utilizam os aplicativos para complementar a renda ou como única renda.