Motoboy do Rappi morre após sofrer AVC; empresa só se preocupou em não atrapalhar entregas

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Um entregador do aplicativo Rappi, especializado em delivery de comida, acabou morrendo após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante o trabalho.

Thiago de Jesus Dias tinha 33 anos, e passou mal enquanto fazia entregas na noite do último sábado (6). Nem a empresa, nem o SAMU prestaram socorro para o rapaz. A primeira ajuda que ele recebeu veio da própria cliente que aguardava entrega. Ele foi conduzido para o hospital mas acabou não resistindo, vindo morrer dois dias depois, nesta segunda-feira (8).

De acordo com a cliente, Thiago estava com todos os sintomas de AVC, incluindo dores de cabeça, náuseas e pressão baixa. Além disso, ele tremia e vomitou algumas vezes.

Ao tentar entrar em contato com o aplicativo, a mulher se revoltou com a insensibilidade. De acordo com ela, os atendentes se limitaram a preocupar-se em avisar aos demais clientes que estavam com seus pedidos sendo transportados por Thiago, que haveria uma certa demora. Nenhuma ajuda foi prestada.

O SAMU da Prefeitura de São Paulo chegou a ser acionado duas vezes, mas nenhuma ambulância se dirigiu ao local. Além disso, um motorista do aplicativo Uber foi chamado, mas ele se recusou a transportar o rapaz, pois ele estava sujo de urina, após as convulsões enquanto passava mal.

Somente depois que alguns amigos chegaram, foi possível fazer o transporte de Thiago para o Hospital das clínicas. Entretanto, o entregador teve a morte cerebral confirmada na segunda-feira. O caso está gerando revolta, e a empresa se comprometeu a incluir uma função de emergência no aplicativo para os entregadores.