Menino de 8 anos consegue, na Justiça do RJ, o direito de virar menina e já usa até vestido

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Atualmente, a discussão sobre a identidade de gênero está cada vez mais complexa. O jornal O Globo, por exemplo, contou uma história real envolvendo uma criança trans neste domingo, 9 de junho. Bruna nasceu com o gênero masculino, porém jamais aceitou tal condição. E são os pais quem contam que, já aos cinco anos de idade, a menina reclamava quando tentavam colocar nela uma roupa de menino.

No seu aniversário, nada de temas como o Homem Aranha ou carrinhos, como costuma ser os dos pequenos garotos. Bruna (nome fictício escolhido pelo jornal) preferiu a Moranguinho. “Foi difícil no início. Queria comprar roupa para ela, que queria um vestido para girar… Mas ele (o pai) não aceitava. E eu tinha medo de estar errando“, lembra a mãe da criança, em entrevista ao jornal O Globo.

E os problemas não estavam apenas em casa. A mãe diz que uma das coisas que ocorria na escola era o fato da garota escrever seu nome social, e a professora a mandava apagar. Ela reclama ainda que até em um ambiente como a escola os profissionais não se esforçavam para tentar entender a situação.

Então Bruna não parou de lutar pelo que acreditava e, recentemente, a Justiça do Rio de Janeiro tomou a decisão de deixar que o menino virasse menina. Em seus documentos, Bruna já pode ser chamada pelo ‘nome social’, que é o escolhido pela pessoa trans para ser tratada.

Depois da mudança do nome, a criança virou literalmente outra pessoa, como conta sua mãe, que hoje a deixa ir para a escola com tranquilidade, usando as roupas e a identidade que deixam a pequena realmente feliz.