Quando a Vale informou à Agência Nacional de Mineração e também à Defesa Civil de Minas Gerais sobre a possibilidade de rompimento do talude da mina Gongo Soco, na cidade de Barão de Cocais, já foi logo avisando que o colapso da estrutura aconteceria entre os dias 19 e 25 de maio, por isso tudo indica que será hoje a grande tragédia.
A mineradora descobriu que o talude estava se movimentando até 4 centímetros por dia, o que é considerado um ritmo acelerado, mas nesta última sexta-feira, dia 24, a movimentação já era de 17 centímetros por dia.
Para a ANM – Agência Nacional de Mineração, a tragédia já é dada como certa, só não se sabe ainda como será, pois pode ser aos poucos ou de uma só vez, como disse Wagner Nascimento, chefe da divisão de segurança de barragens de mineração da Agência.
“O que a gente torce é que ele venha descendo de forma progressiva e não abrupta. No caso de um rompimento abrupto, a massa desce como um todo e de uma altura maior. Se for um deslizamento progressivo, vai ter uma menor vibração, que é o que nos preocupa hoje“, informou Wagner.
Quando o talude norte da mina Gongo Soco cair, a vibração poderá desencadear o rompimento da barragem Sul Superior, por isso os moradores da zona de perigo já foram retirados e muitos outros estão em alerta máximo.
A Vale solicitou à Defesa Civil em fevereiro deste ano, para que evacuasse a Zona de Autossalvamento, que é a mais próxima da barragem e assim, 400 pessoas tiveram que deixar suas casas, sendo levadas para outros locais.
Se a barragem Sul Superior vier a se romper, cerca de 6 mil pessoas em Barão de Cocais terão pouco mais de uma hora para abandonarem suas casas e se dirigirem para o local seguro, que já foi determinado.