Pânico em MG: barragem ‘bomba-relógio’ está prestes a se romper

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A notícia de que o talude na mina Gongo Soco, de responsabilidade da mineradora Vale, em Barão de Cocais (MG), pode se romper a qualquer momento levou pânico para os moradores da cidade de Barão de Cocais que fica a aproximadamente 78 km de Belo Horizonte.

A tragédia de Brumadinho, que aconteceu no dia 25 de janeiro, quando as barragens da Mina do Córrego do Feijão se romperam, deixando centenas de mortos, chamou a atenção das autoridades competentes sobre os problemas até então ignorados a respeito das barragens conhecidas como amontantes.

Por isso o nível de risco foi revisto e dezenas de barragens em todo Brasil entraram para a lista de perigo de rompimento. Contudo, algumas apresentam um risco maior e estão sendo monitoradas diariamente, graças a este monitoramento foi constado uma movimentação no talude norte da cava está se movimentando e as sucessivas vibrações podem causar o seu rompimento e, numa reação em cadeia, romper uma barragem a 1,5 km ao sul da estrutura. O talude é um terreno inclinado que mantém a estabilidade do aterro.

Talude está se movendo 7 cm por dia


De acordo com o portal de notícias UOL, Wagner Nascimento, que é chefe da divisão de segurança de barragens de mineração de Minas Gerais da ANM, afirmou na manhã desta segunda-feira (20) que o talude está se movendo cerca de 7 cm por dia e que este número tende a aumentar provocando o rompimento da estrutura.

Ainda segundo Wagner a Vale contratou profissionais especializados para acompanhar este evento e que todos afirmaram que o talude irá colapsar a qualquer momento. Existe uma previsão de que até o próximo domingo (26) o rompimento aconteça, não há como precisar se será de forma lenta ou abrupta.

O rompimento pode gerar um enorme impacto para a Barragem Sul Superior, que armazena 6 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, fazendo com que ela entre em processo de liquefação.

O coronel Edgar Estevo, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, afirmou que homens da corporação estão verificando as moradias da  Zona de Autossalvamento da área que seria inundada pela barragem para garantir que não há mais ninguém no local.