Impunidade? Mesmo se condenado, marido de Carol deve ficar bem longe da cadeia

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A morte de Carol Bittencourt mexeu com o país e, nesta semana, ganhou uma reviravolta. Isso porque o marido dela, Jorge Sestini, está sendo acusado pelo falecimento da modelo. Segundo as investigações, o empresário teria sido negligente ao levar a esposa para o mar, mesmo tendo ciência de que a previsão era de tempo adverso. 

Jorge pode responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Normalmente, a legislação brasileira prevê pena de até três anos de detenção em regime fechado. No entanto, o marido de Carol Bittencourt não deve ficar um só dia na cadeia. 

De acordo com informações do jornal carioca Extra, em matéria publicada nesta terça-feira, 7 de maio, advogados acreditam que Jorge deve receber o direito de “perdão judiciário”. No máximo, mesmo se condenado, o marido da modelo prestaria serviços comunitários. 

Para a Justiça, em casos assim, a maior punição para Jorge é a morte da própria esposa e a culpa por não tê-la salvo. O empresário ainda não comentou a reviravolta no inquérito do falecimento de sua companheira. 

O inquérito sobre o caso deverá ser encaminhado para o Ministério Público, que pode pedir o arquivamento do caso, solicitar a continuidade das investigações ou oferecer a denúncia para a Justiça. Segundo o advogado criminalista, Fábio Manoel, é possível que, no caso de Caroline, o MP decida pela última opção.

Já para o professor de Direito Penal e Criminologia da UFF, Daniel Raizman, é necessário esclarecer que a essência do crime culposo não é subjetiva.