Mães de aluno morto e de sobrevivente relatam busca por superação após massacre em Suzano

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O filho mais velho de Camila Celestino dos Santos, de 33 anos, Douglas Murilo, foi uma das vítimas fatais do massacre na escola Raul Brasil, que aconteceu no dia 13 de março deste ano em Suzano. Situações do dia a dia se transformam em um verdadeiro pesadelo para essa e outras mães que perderam seus filhos.

Semelhante a ela, mães de outros adolescentes lutam para ajudar os filhos a superarem os seus traumas. Camila também é mãe de uma menina de 11 anos, mas que estudava no período da tarde. Ela matriculou a menina em outra escola, uma vez que a ida da garota até a instituição de ensino se transformou em pânico.

“Ela começou a ir nesta semana, mas eu fico com o coração na mão. Entendo que seja importante ela sair de casa um pouco, ter contato com as outras pessoas, mas o Douglas também estava na escola quando tudo aconteceu”, relembrou Camila.

Gustavo Leite Henrique, de 11 anos de idade, estava na escola no dia do massacre, mas por sorte o atirador não conseguiu arrombar a porta da sala em que ele estava. Após o massacre o menino não quer passar nem perto do prédio da escola. Mesmo estudando em outra instituição de ensino, alguém da família precisa estar junto dele na entrada, no intervalo das aulas e na saída.

Sandra Mara Gonçalves é amiga pessoal da diretora da escola Raul Brasil e ela se prontificou a atender voluntariamente as vítimas de atentados, sendo assim, seus horários livres são preenchidos com os estudantes da escola que estão em busca de um apoio psicológico.

A psicóloga diz que muitos pais estão abalados em ver os seus filhos sofrendo e ao buscar ajuda para eles, esses pais acabam por procurar tratamento e assim consigam ter uma vida um pouco mais tranquila.