Hospital usou câmeras escondidas para gravar vídeos de partos sem autorização das mulheres

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Quase 2 mil mulheres foram filmadas sem o seu consentimento em um hospital na Califórnia, Estados Unidos. As câmeras escondidas fizeram vídeos de partos e também de cirurgias. A polícia informou que as gravações feitas no Sharp Grossmont Hospital foram realizadas no período de julho de 2013 a junho de 2014.

As mulheres eram filmadas desde o momento em que tiravam a roupa, depois iam para os exames e até mesmo quando eram anestesiadas. As imagens mostram, inclusive, os rostos das pacientes e também partes íntimas.

Na semana passada dezenas de mulheres decidiram reabrir o processo contra o hospital alegando que elas não foram respeitadas, principalmente em um momento em que estavam fisicamente vulneráveis.

Os vídeos gravados eram armazenados em vários computadores, só que boa parte do material acabou sendo destruído. Agora as vítimas estão querendo uma indenização, pois alegam que tiveram a privacidade invadida.

O hospital divulgou uma nota comentando o caso e admitiu que as câmeras realmente foram instaladas, mas o objetivo era para flagrar ladrões que estavam roubando medicamentos, inclusive alguns poderosos anestésicos.

Ainda no comunicado, o hospital lamentou profundamente que este projeto para aumentar a segurança interna tenha sido usado para causar um transtorno tão grande a tantas pacientes, mas garantiu que todas as imagens só foram usadas para verificar se os roubos continuavam acontecendo e que nenhum vídeo vazou.

As vítimas não acreditam nesta justificativa e continuarão brigando na Justiça por seus direitos.