Vítima do tatuador preso em BH fala sobre o abuso sofrido durante procedimento

PUBLICIDADE

Acusado de abusar sexualmente de várias mulheres em estúdio, Leandro Caldeira Alves Pereira foi preso ontem (31) na casa de amigos em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH. Segundo informações da Polícia Militar (PM), a prisão ocorreu logo após os policiais terem cercado uma casa no Bairro Joana D’arc.

A história repercutiu após cerca de 40 mulheres terem usado suas redes sociais para denunciar abusos que teriam sofrido durante sessões de tatuagem. A postagem foi feita por Duda Salabert, criadora da ONG Tranvest, ela fez uma postagem nas redes sociais explicando que só se tatua com mulheres. Na publicação, ela questionou aos seus seguidores se alguém já havia sofrido assédio em estúdio de tatuagem.

Uma mulher relatou que procurou o trabalho do tatuador para poder cobrir uma cicatriz na barriga, ele então disse que ela precisaria tirar a peça íntima para poder realizar o procedimento. Ela afirmou que apesar de ter achado estranho o pedido perguntou se poderia somente abaixar a peça, mas ele respondeu que era melhor que ela tirasse. A vítima então retirou a peça íntima, no entanto, Leandro para realizar o procedimento ficou com a mão apoiada em sua parte íntima.

O caso ocorreu no ano de 2016. A vítima disse que a sessão durou quatro horas, e que uma amiga ainda falou que ela tinha sido abusada, mas a mulher negou dizendo que ele era um tatuador famoso. “A gente não tá preparada. A gente não sabe o que é abuso ainda”, declarou a mulher em uma entrevista ao programa ‘Fantástico’.

Os advogados de Leandro enviaram uma nota ao programa informando que a prisão é infundada e que a inocência dele será provada no curso do processo, que ainda será instaurado.

Ester Gavendo, diretora de uma associação que representa mais de 30 mil estúdios de tatuagem no país, alerta que, durante uma sessão de tatuagem como essa, a mulher não precisa tirar as roupas íntimas.