Organização comandada por Temer desviou R$ 1,8 bilhão em propina, informa o MPF

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Na manhã de hoje (21), Michel Temer, ex-presidente da República foi preso. Os agentes seguem tentando cumprir os mandados expedidos pelo juiz, Marcelo Bretas, da 7° Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.

Temer, responde a dez inquéritos, metade deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos na época em que ele era o presidente da República e foram encaminhados à primeira instância após ter deixado o cargo. Já os outros 5 foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não fazia mais parte do foro privilegiado.

O Ministério Público Federal (MPF) do Rio informou que os valores que foram desviados pela organização comandada pelo Michel Temer, são em torno de 1,8 bilhão de reais.

Através de uma nota, o órgão declarou que as investigações apontam que a organização teria praticado diversos crimes envolvendo variados órgãos públicos e empresas estatais. “Na presente investigação são apurados crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, em razão de possíveis pagamentos ilícitos feitos para o grupo criminoso liderado por Michel Temer, bem como de possíveis desvios de recursos da Eletronuclear”, consta no documento emitido pelo Ministério Publico Federal,

Vale ressaltar que o caso, que está com o juiz Marcelo Bretas e que envolve o Temer, trata-se das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da ‘Engevix’. O empresário havia dito à Polícia Federal que teria pagado R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e que Michel Temer teria conhecimento do assunto. A ‘Engevix’ fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3.