Pai de vítima de Suzano não via filho há 9 anos e perde o enterro por falta de escolta

PUBLICIDADE

Douglas Leandro Clizesque está preso a 650 quilômetros da cidade de Suzano e não via seu filho há mais de nove anos. Douglas Murilo que é seu filho foi uma das vítimas fatais do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Ele não conseguiu chegar para o enterro do garoto.

De acordo com informações de sua família, Douglas precisava de uma escolta policial e um transporte que levaria quase 8 horas de viagem para ir de Flórida Paulista, no interior do estado, até o cemitério Colina dos Ipês, na cidade de Suzano. Douglas Murilo foi enterrado no final da tarde desta última quinta-feira (14), segundo informações do UOL.

Sandra Aparecida Leandro, tia do jovem assassinado, falou que seu irmão até teve a saída autorizada pela Justiça, porém, a escola necessária para o transporte de presos não teve a liberação em tempo hábil para acompanhá-lo até o local.

Em um comunicado para o portal de notícias UOL, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, foi informado que “a escolta não foi realizada por falta de condições operacionais”.

O massacre na Escola Estadual Raul Brasil aconteceu na manhã da última quarta-feira (13), e deixou o país em estado de luto tamanha a gravidade da situação. Vítimas fatais e feridas foram o resultado desse atentado realizado por dois jovens armados.

Um rapaz de 17 anos, e outro de 26, entraram armados na instituição de ensino munidos com armas, besta, machado e explosivos. Eles fizeram vítimas fatais: o tio de um deles que era proprietário de uma loja de veículos, cinco alunos que estavam na escola, além de duas funcionárias. Após o atentado, os dois se suicidaram.