‘Hoje é dia de vocês morrerem’, gritava atirador na escola em Suzano enquanto disparava

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Um dos atiradores do massacre na escola Raul Brasil, em Suzano, gritava ”hoje é o dia de vocês morrerem’, enquanto fazia suas vítimas. Enquanto ele gritava nos corredores da escola, dentro de uma sala de aula, cerca de 30 estudantes entre 13 e 14 anos estavam aterrorizados e tentavam ficar em silêncio absoluto para não serem descobertos.

Na escola funciona um Centro de Línguas e a classe de espanhol ficou em pânico quando os disparos começaram. Era possível ouvir gritos, choro e sem saber o que estava acontecendo, a professora Jussara Melo pediu para todos ficarem em silêncio. Ela ouviu sons parecendo de bombinha, mas logo percebeu que era algo gravíssimo.

Uma estudante entrou na sala desta professora e foi quando ela teve certeza que o pior estava acontecendo, então fechou a porta, mas como não tinha chave para trancá-la o jeito foi usar a mesa para tentar impedir a entrada de alguém. Em seguida, ela apagou a luz e pediu aos alunos que não fizessem nenhum barulho. Todos estavam desesperados, mas tiveram que conter o pânico.

Enquanto isso, a correria continuava fora da sala, muitos gritos e então os dois tiradores chegaram e começaram a forçar a porta. Quando a professora pensou que seria o fim dela e de seus alunos, então resolveu agir e sem saber de onde tirou forças, conseguiu impedir a entrada dos assassinos. Em seguida, ela ouviu mais alguns tiros e depois um silêncio avassalador.

Os policiais chegaram, pediram para abrirem a porta, mas a professora não teve coragem, pensou que fosse um truque dos criminosos. Foi aí que outra professora, do lado de fora, disse que estava tudo bem e que poderiam sair da sala.

Ela contou que até chegar ao portão da escola viu um cenário devastador, algo que jamais esquecerá e revelou que não quer voltar mais à escola.