Urgente! STF faz história e dá poderes a Justiça Eleitoral para julgar casos da Lava Jato

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Pela maioria dos votos, o STF decidiu, nesta quinta-feira (14), que casos de corrupção e lavagem de dinheiro devem ser julgados pela Justiça Eleitoral, quando estiverem ligados a caixa dois de campanhas.

O placar do julgamento ocorreu de forma apertada, por seis votos a cinco, e marcado por várias críticas a membros do Ministério Público Federal, que se mostraram contrários pelo entendimento da maioria da Corte.

Dias Toffoli, presidente do STF, foi o responsável por conceder o voto histórico, junto a outros cinco colegas, que são contra separar crimes comuns e delitos eleitorais quando há conexão entre eles.

Além do presidente, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski votaram, para conceder à Justiça Eleitoral, o direito ao julgamento dos casos.

Para poder julgar o caso, os ministros usaram o inquérito do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, em que ele e o deputado do DEM-RJ receberam o valor de R$ 18 milhões da Odebrecht para as campanhas eleitorais.

No final da votação, o decano Celso de Mello citou uma frase da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, tentando minimizar os feitos do julgamento, dizendo que não via nenhum tipo de risco, no momento, em relação à anulação de decisões da Lava Jato.

A fala citada por Mello foi dita por Raquel Dodge na tarde desta quinta-feira, 14 de março, horas antes de a sessão ser retomada. A votação havia começado nesta quarta-feira (13), mas somente agora teve sua decisão final comunicada.