Corpos de vítimas de massacre em Suzano são enterrados sob aplausos de milhares de pessoas

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O dia foi de grande tristeza para a cidade de Suzano, São Paulo. O velório coletivo reuniu pessoas que nunca se viram, mas que tinham algo em comum: a dor pela perda de pessoas inocentes e tão queridas. No final da tarde desta quinta-feira (14), começaram a ser sepultadas as vítimas do massacre na escola Raul Brasil.

O primeiro a ser enterrado foi o jovem Samuel Melquíades de Oliveira Silva, ele tinha apenas 16 anos. As pessoas acompanharam o caixão e aplaudiram muito o rapaz que era da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ele gostava de desenhar e tinha sempre um sorriso no rosto, segundo seus amigos, que estavam uniformizados. O pastor disse algumas palavras tentando confortar os corações de todos.

Logo depois foram enterrados os jovens Caio Oliveira e Kaio Lucas da Costa Limeira, também sob aplausos das pessoas presentes. A inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, foi a quarta a ser enterrada.

A funcionária da escola foi a primeira vítima após os atiradores matarem o tio de um deles. O corpo dela foi enterrado sob muitos aplausos.

Cleiton Antônio Ribeiro, 17 anos, foi o quinto e último a ser sepultado, o caixão chegou ao cemitério já no início da noite.

Os carros que deixaram a Arena Suzano com os corpos foram acompanhados por muitas pessoas, todos ficavam sem entender o motivo de tamanha barbaridade. A corpo que passava as pessoas que estavam presentes na cerimônia batiam palmas e se emocionavam. 

O corpo de Jorge Antônio de Moraes foi enterrado mais cedo, no cemitério dos Ipês. Ele foi morto pelo sobrinho e deixou mulher e três filhos. Ele vendia carros usados, no mesmo local onde funcionava o lava-jato e um estacionamento.