Folha divulga bomba de assessora que compromete ainda mais a situação de Flávio Bolsonaro

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Elisangela Machado dos Santos de Freitas, que concorreu a uma vaga para a Câmara dos Deputados pelo PRP-DF no ano passado e não se elegeu, direcionou mais da metade do fundo eleitoral recebido por ela para o próprio marido.

Elisângela é administradora da página República de Curitiba e foi contratada para exercer funções no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) como ela mesma publicou na última sexta-feira, dia 7.

Segundo dados públicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidata, que nas redes sociais se apresentava como “A federal do Bolsonaro no DF”, recebeu do fundo partidário R$ 25 mil para financiamento de sua campanha.

O que mais chama atenção é a maior despesa de Elisângela. Dos R$ 25 mil recebidos por ela, R$ 14,9 mil, 59% do valor, foi destinado ao seu próprio marido, engenheiro Ronaldo Robson de Freitas.

Na Justiça Eleitoral, consta que Ronaldo recebeu R$10 mil por “serviços de coordenação de campanha eleitoral”, R$ 4 mil pela “locação de equipamento para gravação de vídeo” e outros R$ 900 por um “serviço de divulgação de campanha”.

O marido de Elisangela é engenheiro mecânico com Mestrado em Ética e gestão e trabalha na Embrapa desde 2007, onde exerce as funções de analista na área de Patrimônio e Suprimentos da Secretaria-Geral.

Procurado por jornalistas da Folha na última sexta-feira (8), Ronaldo não entrou em detalhes sobre os serviços que prestou. Disse apenas que “estão todos discriminados e apresentados à Justiça eleitoral bem detalhadamente. Você pode pegar os documentos e montar uma matéria e colocar onde você entender que seja melhor veiculado”.

Elisangela também foi procurada e informou apenas que já havia feito uma manifestação a respeito do caso nas redes sociais.