Morre bebê da menina de 11 anos que foi violentada e submetida a cesárea em vez de aborto

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Morreu nesta sexta-feira, dia 8 de março, o bebê da menina de apenas 11 anos que engravidou após ser violentada pelo companheiro de sua avó. Ela tinha direito ao aborto, que foi autorizado pela Justiça, porém, a equipe médica decidiu por conta própria fazer uma cesárea.

A criança nasceu pesando apenas 660 gramas, no fim do mês passado, quando a menina estava na 25ª semana de gestação. O caso chocou toda Argentina e dividiu opiniões, pois muitos achavam que a equipe médica errou e que deveriam ter feito o aborto, mas outros alegaram que os profissionais da saúde agiram com o coração.

No comunicado divulgado pelo hospital onde a menina estava internada, foi informado que ‘apesar dos cuidados extremos prestados desde seu nascimento’, o bebê não resistiu e, na tarde desta sexta-feira apresentou uma complicação respiratória e acabou vindo a óbito.

O caso acabou ganhando repercussão até fora da Argentina. Aqui mesmo, no Brasil, muitas pessoas se envolveram na polêmica e opinaram, uns a favor do aborto, outros contra. Tudo isso aconteceu pouco antes de ser aberto o novo ano parlamentar, sendo que a Lei do Aborto será debatida mais uma vez, já que em 2018 foi rejeitada.

Depois de ser abusada pelo companheiro da avó, a menina de 11 anos, que mora na província de Tucumán, conseguiu uma permissão para abortar, tudo dentro da Lei argentina, que autoriza o procedimento quando é um caso de abuso, quando há risco de morte para a mãe, ou então quando é detectado má-formação do feto.

Os médicos que fizeram a cesárea informaram que seria arriscado fazer o aborto, já que a gravidez estava avançada, mas muitas feministas alegaram que os profissionais de saúde fizeram isto de propósito.