Lula saiu, mas pai de menino morto em Madureira não foi autorizado a ir a enterro do filho

PUBLICIDADE

Neste último sábado (02), o ex-presidente Lula deixou a prisão na sede da Polícia Federal em Curitiba, Paraná, e foi até São Bernardo do Campo, São Paulo, onde ficou por duas horas no velório do neto de 7 anos. O petista era muito apegado ao neto e seus advogados conseguiram na Justiça, uma autorização para que ele pudesse ir se despedir da criança.

Porém, o pai de Ryan Gabriel não teve o mesmo direito. Paulo Orlando dos Santos, 28 anos, foi preso em 2013 e não conseguiu autorização da Justiça para ir ao enterro do filho, que foi no Cemitério de Irajá, em março de 2016.

Ryan Gabriel tinha apenas 4 anos de idade quando foi atingido por uma bala perdida e isto aconteceu em pleno domingo de Páscoa, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. Os familiares ficaram arrasados com a morte do garoto e a mãe de Ryan, Tayane Pereira da Silva, se revoltou com a decisão da Justiça de não liberar o pai do menino.

“Tiraram o direito dele de ir ao enterro do filho. Me ajuda, por favor. Não sei nem o que vou dizer para ele quando for lá. Não sei como vou olhar para ele e não lembrar mais do meu filho”, disse a mãe desesperada.

O pai do pequeno Ryan foi preso por associação ao tráfico e, segundo o advogado de defesa na época, ele só foi preso porque a defesa técnica que foi feita por um outro advogado, teve falhas.

O advogado de defesa disse, na época, que ficou aguardando no plantão judiciário até de madrugada, mas lhe disseram que o pai de Ryan não poderia ser liberado e a juíza alegou que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária não tinha como disponibilizar o pessoal do Serviço de Operações Especiais para cuidarem da escolta. O pai de Ryan chegou a passar mal quando soube que o filho havia sido morto por uma bala perdida.

Nas redes sociais, muitos internautas não condenam a ida de Lula ao velório do neto, só acham que a lei deve ser a mesma para todos e não apenas para alguns.