400 mil pessoas gritam em protesto contra o presidente durante Carnaval

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A manhã deste sábado (02) de Carnaval, em Belo Horizonte, começou naquele ritmo politizado que a folia de rua adquiriu desde o seu ressurgimento na capital mineira.

Seguindo o exemplo do bloco de rua paulista, Acadêmicos do Baixo Augusta, uma multidão aproveitou o momento de festejo carnavalesco para realizar protestos políticos com gritos e faixas.

Alguns minutos após o início do festejo do bloco “Então, Brilha”, estimadas 400 mil pessoas entoaram, simultaneamente, gritos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro. “Ei, Bolsonaro, vai tomar no…!” foi a frase mais ouvida entre os foliões.

Também foi possível encontrar, em meio ao cortejo, críticas à proposta de reforma da Previdência. A insatisfação popular quanto ao aumento na idade mínima para aposentadoria pôde ser vista através de faixas e gritos.

O Carnaval na capital mineira 

Há dez anos atrás, durante um ato político contra o então prefeito Márcio Lacerda, renascia o Carnaval belo-horizontino. Na ocasião, um decreto assinado pelo chefe do executivo proibia a utilização dos espaços das praças da capital para manifestações culturais.

Como forma de protesto, artistas, intelectuais e estudantes, vestidos apenas com roupa de banho, passaram a ocupar a Praça da Estação. Deste protesto nasceu a Praia da Estação, “mãe” da grande maioria dos blocos de rua que viriam a surgir no ano seguinte. 

O empenho e a determinação dos “foliões protestantes” não foi em vão e a ocupação da praça fez com que o decreto fosse revogado e o Carnaval então ganhou vida.