Entenda a doença que matou o neto de Lula e saiba como se proteger

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O neto do ex-presidente Lula, o pequeno Arthur Lula da Silva, de apenas sete anos, morreu na tarde da última sexta-feira (01). O garotinho foi vítima de uma doença grave, a meningite meningocócica.

O neto de Lula foi levado ao Hospital Bartira, em Santo André, região metropolitana de São Paulo. O menino deu entrada na unidade às 7h20 e apresentava um quadro instável, vindo a falecer às 12h11, após o agravamento do quadro infeccioso da doença.

A meningite é uma doença grave, mas muita gente não sabe o que é e como se proteger desta enfermidade. A meningite ocorre quando as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinha inflamam. A enfermidade pode ser provocada por micro-organismos, alergias a alguma medicação ou até mesmo câncer.

No entanto, entre os agentes causadores da infecção, as meningites virais e as bacterianas são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública. Além disso, são as que geram mais preocupação por causa da magnitude e capacidade de provocar surtos. Entre todas, a meningite bacteriana é considerada a mais grave.

O agente causador da meningite meningocócica é a bactéria Neisseria meningitidis (ou meningococo). São 12 subtipos diferentes da doença no país, sendo os que mais circulam na maioria dos casos são B, C, W e Y. Ainda não foi divulgado qual o tipo que provocou a morte do neto de Lula.

Segundo informação do Ministério da Saúde, em 2018, no Brasil, foram registrados 1.072 casos da doença, sendo que 218 foram a óbito. No caso da meningite pneumocócica, provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, houve o registro de 934 ocorrências, com 282 mortes. A maioria dos casos é causado pelo tipo C da doença, sendo responsável por 60% dos casos no país.

Como se proteger da doença

Existem vacinas para os principais agentes causadores da doença meningocócica, os sorogrupos A, B, C, W e Y. No entanto, na rede pública somente está disponível para vacinação o tipo C.

Na rede privada existe disponibilidade de vacinação dos tipos B e meningocócica conjugada para A, C, W e Y. Segundo a pediatra Ana Escobar, as autoridades precisam ficar alertas, pois se o tipo B da doença estiver em ascensão, seria importante oferecer esse tipo na rede pública.